sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Às vezes...

Às vezes Portugal dá vontade de desistir, de baixar os braços e esquecer ou fugir. Outras vezes, porque afinal o país é pequeno e a dimensão dos problemas não ultrapassa a sua própria escala (Miguel Sousa Tavares in A história não acaba assim, 2012).
Mas a corrupção, a inércia, a apatia que nos estão inerentes leva-nos a crer que amanhã será um dia melhor, quando na verdade, o mundo corporativista em que habitamos apenas nos deixará (sobre) viver.
Era óptimo...que o país se concentrasse na defesa daquilo que é essencial a língua, a cultura, a educação, o território, o património, a paisagem, como disse o nosso Miguel Sousa Tavares, em 2007.
Mas na verdade só importa fazer favorzinhos a este amigo empresário e encher os meus bolsos de dinheiro, sem qualquer receio. Lá terá de ser. No meio disto tudo onde fica a nossa liberdade?
A liberdade é, acima de tudo, uma escolha e uma escolha difícil de fazer (Ricardo Costa, in prefácio de A história não acaba assim, 2012).



Nota:
Ouço agora que a agência do comércio externo assinou um contrato de milhões, para criar cerca de 239 postos de trabalho... competitividade, inovação, bla bla bla.. e as empresas escolhidas conseguem assim empréstimos sem terem de pagar as taxas de juro.
É impressão minha ou isto é (mais) um tachinho à moda do tuga? Alguém me elucide.

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